A confiança nos pais é ingrediente fundamental para que os filhos cresçam em autoestima, sejam obedientes e se deixem educar. Ao confiar nos pais, os filhos tornam próprias, internas, as indicações que deles recebem, pois sabem que estão escolhendo o melhor. Obediência e confiança se exigem mutuamente, e onde não há confiança, a obediência se torna externa, fria, protocolar e para evitar castigos.
Para que a confiança cresça é preciso um ambiente grato de afeto e bondade de ânimo ou de benevolência com cada filho, a fim de que este se sinta amado, ouvido e valorizado em suas opiniões. Exigir apenas a obediência externa, sem que a vontade da criança se una à de seus pais e a faça própria, é construir um edifício sem alicerces. Sem confiança, a amizade entre pais e filhos esfria, e porque não se sentem acreditados, os filhos são impulsionados a enganar, a perder a transparência e a se distanciarem rapidamente de seus pais.
Cabe aos pais a responsabilidade de criar um clima de confiança no lar, onde os filhos se sintam livres para perguntar sem medo de que se escandalizem com suas questões; que possam manifestar suas opiniões e serem ouvidos para se sentirem valorizados; quando são estimulados a desenvolver suas habilidades ou qualidades pessoais a serviço dos demais; quando as indicações que recebem são dadas de modo respeitoso (por favor…); quando são tratados como pessoas inteligentes e livres.
Crianças e adolescentes precisam desenvolver uma vinculação segura com seus pais ou responsáveis ao sentir que podem confiar neles. E isso ocorre quando são atendidos em suas necessidades básicas: fome, frio, sede, dor, medos, dúvidas… Essa vinculação segura levará os filhos a uma alta autoestima, a ter segurança emocional e a manter sintonia com seus pais. Se não forem atendidos, seja porque seus pais são ausentes ou indiferentes, a mensagem que os filhos recebem é a de que são considerados sem importância, o que fomentará neles a baixa autoestima e inseguranças no âmbito pessoal, familiar e social.
Os pais ou responsáveis devem estar sempre presentes na vida da criança, e nunca transferir essa insubstituível missão a uma professora, pois a solicitude desta não conseguirá ser individualizada, mas dividida entre as muitas crianças de sua sala. Se em casa e na escola a criança percebe que não é atendida, os problemas começam a surgir. A atenção dos pais é chave para a criança desenvolver uma vinculação segura por meio de relações interpessoais profundas: olhos nos olhos, sorrisos que se encontram, afetos que se expandem.
Texto produzido por Ari Esteves para o site www.ariesteves.com.br. Imagem de Vlada Karpovich.
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